SAIR DA ZONA DE CONFORTO [É PRECISO]

 

Será que é época de reflexão? Será que é preciso ter uma data ou época específica para pensar na própria vida? Na própria história?

 

Final do ano ou inicio de algo novo? Conclusão de ciclos ou inicio de novos ciclos? O que farei ou o que deixarei para trás? Qual bagagem eu quero carregar? O que é suportável e o que é essencial? O que eu quero levar comigo de hoje em diante?

 

São muitas perguntas. Muitas reflexões e poucas certezas. 

 

Uma bagagem que às vezes é difícil carregar, uma bagagem que muitas vezes não é só material, não é aquela bolsa, aquela mala pesada que colocamos no ombro ou temos que nos esforçar para carregar, essa bagagem é mais fácil deixar em um canto ou se desfazer, doar. Eu falo da bagagem emocional que não é simplesmente tirar, não é só falar “hoje não vou carregar você, vou te deixar em casa”, essa é uma bagagem um pouco mais difícil de esquecer, de deixar em um canto, é uma bagagem que está na nossa cabeça, no nosso corpo e é um pouco mais difícil de lidar, de se entender de saber que ela não vai simplesmente sumir e sair do nada, muitas vezes dia após dia vamos precisar respirar fundo e dizer, amanhã o sol nascerá de novo, então amanhã eu tenho uma nova oportunidade de fazer melhor, de fazer diferente, de viver mais um dia, de realizar meu propósito e de saber que amanhã tenho mais uma oportunidade de viver novamente e de realizar algo que eu desejo, de aprender a lidar com as emoções e a cada dia aprender onde deixar ou guardar a bagagem que não sai da cabeça.

 

O velho está aqui, já sabemos como lidar ou pelo menos o que normalmente pode acontecer, o novo é diferente, dói. É preciso aprender, sair da zona de conforto, é preciso sentir, às vezes chorar para aliviar e muitas vezes buscar a coragem que todos temos, e que muitas vezes não se sabe onde está ou como encontrar. O novo muda a vida, não sei se para o bem ou para o mal só sei que muda, e a maior mudança ocorre quando essa zona de conforto se quebra, se destrói e se começa a enxergar novas possibilidades, novos ares, novos começos e novas oportunidades, muitas vezes o novo faz sangrar. Nem sempre é o que se quer, mas o que é necessário ter/fazer ou sentir. O novo assusta, mas é o momento de se perguntar ou refletir: Será que estou satisfeita aqui? É só isso que quero levar ou fazer até meu último dia? Posso mais? Quero mais? Fazer o que se deseja nem sempre é fácil, mas, é preciso de coragem. De recomeços. E infelizmente de dor, porque não custa lembrar que sair da zona de conforto dói.

 

Dói recomeçar, dói não saber o que vai acontecer, dói não ter o controle da situação. Dói! Apenas dói. Mas, essa dor que muitas vezes evitamos sentir, precisa ser sentida para poder ir além, para poder crescer, para poder fazer mais, e não digo só fazer mais pelos outros ou por alguma coisa, fazer mais por nós.

 

Cada dia um recomeço e cabe a cada um que ler esse texto explorar as possibilidades, a dor, a zona de conforto; deixar quebrar para iniciar o novo, para conquistar o seu ideal. Cabe a nós aprender a escolher qual bagagem vamos carregar hoje e sempre lembrar que amanhã o sol nascerá de novo.  Basta se olhar no espelho a cada dia fazer o seu melhor e seguir adiante mesmo que esse medo ou dor seja a sua maior parte no momento, cabe a cada um lutar para olhar no espelho e seguir em frente apesar do medo, porque ir com medo com certeza é melhor do que ficar parado na zona de conforto e deixar que a vida te leve para algum lugar que você nem sabe onde é. É como disse o gato de botas para Alice: “Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve”.